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Trabalhos arqueológicos no Canal Intercetor de Esposende revelam a mais antiga ocupação humana em Esposende

Durante o mês de maio decorrem escavações arqueológicas no Canal Intercetor de Esposende, dando-se assim continuidade às intervenções efetuadas em outubro de 2022.

 

Estes trabalhos têm permitido recolher artefactos líticos talhados (ferramentas de pedra lascada), atribuídos ao denominado tecno-complexo Acheulense, fazendo recuar a ocupação humana no território de Esposende a300 mil anos.

 
 

Os dados obtidos sugerem que estas peças terão sido produzidas numa antiga praia, que se encontra a cerca de 1 quilómetro da atual linha da costa e 13 metros acima do nível do mar. Esta premissa documenta os sucessivos avanços e recuos do oceano, durante a época da história da Terra denominada Pleistoceno.

Os trabalhos arqueológicos, realizados com o apoio do Município de Esposende, são coordenados por Sérgio Monteiro-Rodrigues, do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e contam com a participação de estudantes de licenciatura e de mestrado desta mesma instituição, bem como da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Contam igualmente com a colaboração de Alberto Gomes (Geografia/Geomorfologia – FLUP) e da equipa técnica do Serviço de Património Cultural (Município de Esposende), para além do apoio logístico, técnico e de equipamentos da autarquia. Todo o investimento do Município contribui para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente a valorização da diversidade cultural e a contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável, assim como a consolidação dos esforços para proteger e salvaguardar o Património Cultural.

 
 

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