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Vila Verde deixa para a posteridade legado humanista e cultural de João Lobo

Está escrito para a posteridade muito do legado extraordinário de João Lobo. É o resultado da edição nº 17 do Boletim Cultural de Vila Verde, que o Município apresentou ontem à noite e que é exclusivamente dedicada a “um homem bom, generoso, grande humanista e distinto intelectual, profissional de excelência reconhecida na advocacia e na justiça, no ensino e na política”. 

 

“Não o vamos esquecer. A missão deste município é preservar a memória dos nossos maiores, honrar e valorizar o legado que nos deixam”, assumiu a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, numa cerimónia que encheu o salão nobre dos Paços do Concelho. 

 
 

Familiares de João Lobo juntaram-se a personalidades dos mais diversos setores da sociedade e representantes de diferentes instituições, em mais uma homenagem ao antigo advogado, professor, escritor, deputado da Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde. 

Mais de 60 autores de diferentes áreas contribuíram para as 300 páginas do Boletim Cultural, com depoimentos e testemunhos sobre a vida a obra de João Lobo. O livro inclui textos e poemas, discursos proferidos em atos públicos e galeria de imagens do homenageado. 

 
 

“É uma obra de extraordinária riqueza e diversidade, que deixa por escrito, para a posteridade, o extraordinário legado que conhecemos do Dr. João Lobo”, justificou o coordenador do Boletim Cultural, Aurélio Oliveira. 

Na presentação da edição, o deputado Fernando Negrão partilhou a admiração e o reconhecimento público pela “dimensão humanista e intelectual” de João Lobo, um “homem de uma impressionante cultura geral” que “muitas lições deu em Lisboa e na Assembleia da República”. 

 

Fernando Negrão lembrou momentos e “grandes e profundas conversas sobre valores e princípios da vida” com João Lobo, que “tinha um enorme prazer em conversar e partilhar com todos que se ia cruzando no seu dia-a-dia”. 

Sublinhou a capacidade de João Lobo – “ainda hoje referenciada na Assembleia da República” – em “tratar e resolver os assuntos mais complexos do Parlamento e abordar os mais eloquentes deputados”, assim como as conversas diárias com as empregadas de limpeza quando chegava pela manhã ao Parlamento. 

 

“Cultivou uma relação de proximidade e afeto com todas as pessoas com quem se cruzava e para todos tinha ‘dois dedos’ de conversa que ficam registados na memória. Nunca esqueçam João Lobo, um homem bom e generoso, com quem o mundo sempre fica melhor”, atestou Fernando Negrão. 

Numa cerimónia que contou ainda com momentos musicais de alunos da Academia de Música de Vila Verde e a representação cénica de textos do homenageado pelo grupo de teatro VerdeEmCena da Escola Secundária de Vila Verde, a presidente da Câmara reiterou a determinação do Município em divulgar a riqueza do legado de João Lobo, vincando a dimensão humanista da sua obra e vida, assim como “o amor à terra e à família, às raízes e à natureza”. 

 

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