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Estamos entregues à bicharada que brinca connosco e com as nossas liberdades

“São circunstâncias muito distintas. Quando forem conhecidas as condições em que esses adeptos se vão deslocar ao nosso país, toda a gente vai perceber bem as medidas absolutamente extraordinárias que vão ser tomadas. Esse era um requisito da UEFA, estava em cima da mesa organizar ou não mediante a possibilidade de ter público e o Governo tomou uma opção”

 

Estas são as palavras de alguém que ainda ocupa o cargo de Secretário de Estado do Desporto.

 
 

Desde quinta feira que assistimos a uma verdadeira curva na coluna vertebral deste País perante instâncias estrangeiras. Aquilo a que todos assistimos pela televisão não foi incompetência… Aquilo foi a emissão do maior atestado de burrice que um povo pode ter do seu Governo.

Todos nós sabíamos o que ia acontecer, ainda para mais quando um imberbe pertencente a este Governo, que nunca nada de jeito fez pelo Desporto ou pelo País, nos preparava para um plano absolutamente extraordinário para evitar abusos, que sabemos hoje que nunca, mas nunca chegou mesmo a existir.

 
 

E quando nos fazem isto, ao mesmo tempo que o povo português é massacrado e faz sacrifícios na sua vida, está mais que visto ao que estamos entregues. Estamos entregues à bicharada que brinca connosco e com as nossas liberdades.

O mesmo estádio onde eu não tive oportunidade de entrar neste último ano e meio (sou sócio Portista há mais de 33 anos e sempre com lugar cativo), aconchegou-se com milhares de adeptos, porque talvez haveria dar mais uma homenagem aos profissionais de saúde (lembram-se do que disse António Costa no ano passado?) que deviam estar famintos de mais um prémio destes.

 

E quem autorizou os 12.000 adeptos no Dragão (onde estavam para cima de 20 mil) foi a mesma entidade que negou a presença de 500 adeptos numa final do râguebi, neste mesmo fim de semana.

A mesma senhora que tem a distinta lata de afirmar sobre a Liga dos Campeões que “Há sempre falhas, mas correu quase tudo bem”…

 

Mais palavras sobre esta senhora para quê?

Efetivamente, qual país de terceiro mundo, permitimos aos ingleses fazer tudo aquilo com que os portugueses são penalizados severamente todos os dias. E as forças de segurança, tão severas e tão prontas a multar quem em Portugal prevarique, fizeram mais uma vez aquilo que o Ministro Cabrita da desgraça mandou: “não perturbar os ingleses”, nem o magnífico plano com quem o tal senhor a quem ainda chama secretario de estado anunciou.

 

Questionado sobre o que se passava, apenas disse que não sabia de nada e que desejava que fosse um bom jogo.

Pior que tudo isso é manter-se tudo na mesma. Neste País onde a diferença de tratamentos já é quase um hábito (onde quem tem cartão socialista tem mais direitos que os outros), ninguém é responsabilizado e continuaremos a assistir a tratamentos diferentes.

Os Governantes mentiram. Mentiram com todos os dentes. Mas mentiram e brincam com a saúde dos portugueses e nada se passa.

E afirmam de boca cheia que foi um sucesso.

Afinal os grandes sacríficos dos portugueses, os seus confinamentos, apenas servem para que as festas do futebol possam acontecer… umas dentro… outras foras dos estádios. Com que critérios?? Isso interessa lá alguma coisa?

Em Lisboa depois dos festejos, aumentou-se a testagem e a vacinação. O crime compensa neste País.

Já lá fora, continuarmos a ser vistos no mundo como provincianos… A permitir que se faça aqui, aquilo que os ingleses não quiseram fazer em sua própria casa. E porquê?? Porque há exemplos que não se devem dar em determinados momentos aos cidadãs.

Agora tudo se coloca em causa. Que moral existirá para se multar um qualquer grupo de indivíduos que estejam juntos a beber a sua cerveja, como amigos, na sua bolha?

Haverá toda a moral… porque para estes governantes, moral é um conceito desconhecido há muito… e com o aval da maioria dos portugueses. Para esses a pergunta: de que se queixam?

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