Seis meses de resposta ao surto Monkeypox em Portugal
Assinalam-se esta sexta-feira, 18 de novembro, seis meses desde que foi declarado em Portugal um surto causado pelo vírus Monkeypox, que contabilizou até à data 948 casos. A resposta a este surto reforçou a importância da colaboração entre profissionais de saúde, associações de base comunitária, pessoas e setores mais afetados pela infeção.
Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de infeção por Monkeypox. Tratando-se de um surto com características diferentes de situações anteriores, e que viria a tornar-se uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, foi necessário, em Portugal e nos outros países, identificar os principais sintomas, períodos de incubação e vias de transmissão, de forma a informar e definir medidas de prevenção eficazes e interromper cadeias de transmissão.
Adicionalmente, a partir de julho, disponibilizou-se a vacina, inicialmente apenas para contactos de casos, dada a escassez do número de vacinas a nível global, e posteriormente esta foi sendo alargada a outras pessoas em maior risco. Até ao momento foram vacinadas 1190 pessoas.
O Ministério da Saúde agradece nesta data o elevado compromisso, esforço e empenho da Direção Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e da comunidade na abordagem atempada e serena deste surto.
Reconhecendo o contributo decisivo da sociedade civil nesta resposta, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e pelo Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos Silva, visitou esta semana o centro comunitário Checkpoint LX do GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, um dos locais onde foi dado o alerta precoce para a circulação do vírus Monkeypox em Portugal. Com uma longa experiência na prevenção e resposta a infeções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde reconhece todos os esforços desenvolvidos e a enorme qualidade do trabalho desta organização, nomeadamente o seu contributo para diagnosticar a infeção e na vacinação, bem como a criação de uma linha telefónica de apoio nesta área.
Foi detetado apenas um caso de Monkeypox em novembro, o balanço mais reduzido desde o início da epidemia. É um balanço muito positivo, mas não significa a erradicação do vírus, pelo que se manterá a vigilância.
Apesar da baixa circulação do vírus atualmente, recomenda-se fortemente a vacinação das pessoas em risco. A vacina para Monkeypox mantém-se com marcação prévia, mediante o cumprimento de critérios de elegibilidade.