BE conversa com migrantes sobre direitos em Braga
O distrito de Braga conta com um número crescente de pessoas migrantes e é fundamental assegurar a sua integração bem como o seu bem estar e das suas famílias. Todavia, os processos de regularização são extraordinariamente lentos.
Desde a extinção do SEF, a Agência para a Integração Migrações e Asilo herdou 300.000 processos de regularização de migrantes em atraso. Esta instituição estima que será necessário um ano e meio para resolver o atraso.
“Este atraso implica situações intoleráveis para estas pessoas, nomeadamente, impedindo a reunificação familiar. Por cada euro que a Segurança Social paga aos migrantes em apoios sociais, recebe sete euros em contribuições do seu trabalho. Isso significa que estes migrantes vêm para Portugal para trabalhar e que há trabalho em Portugal para eles” afirma Bruno Maia, cabeça de lista do Bloco de Esquerda no distrito de Braga.
“A não regularização dos migrantes que procuram o país para trabalhar fomentam as redes de tráfico humano e os agiotas que se servem do sofrimento e da vulnerabilidades destas populações para lucrar. Só há uma forma de combater as redes de tráfico: regularizando os migrantes. Precisamos de um programa de regularização extraordinário para regularizar os atrasos e maus recursos” conclui o candidato bloquista.
Na conversa promovida pelo Bloco de Esquerda estiveram presentes dezenas de pessoas migrantes, de países como o Brasil, a Tunísia, Afeganistão, Paquistão e Peru.