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Cibersegurança e continuidade de negócios: um desafio crescente para empresas portuguesas

Nos últimos anos, Portugal tem assistido a um aumento significativo de incidentes de cibersegurança que afetam empresas, organismos públicos e até autarquias locais. Ataques de ransomware, roubo de dados e tentativas de bloqueio de serviços digitais tornaram-se uma ameaça constante, capaz de comprometer a confiança de clientes e cidadãos. Este cenário coloca em evidência uma questão crítica: como podem as organizações garantir a continuidade das suas operações perante um ataque digital inesperado?

 

A resposta passa por preparar, testar e atualizar planos de resiliência. Já não basta investir apenas em firewalls ou antivírus. A complexidade dos riscos digitais exige uma abordagem mais ampla, que envolva não só a prevenção, mas também a capacidade de manter os serviços essenciais mesmo em situações de falha grave. É aqui que entra o conceito de softwares de continuidade de negócios, ferramentas que ajudam empresas e entidades públicas a mapear riscos, definir planos de resposta e assegurar que os processos críticos não ficam parados em caso de incidente.

 
 

A realidade das autarquias e do sector público

Em muitas autarquias portuguesas, por exemplo, os sistemas de informação são a base para serviços essenciais, como o registo de ocorrências, emissão de documentos ou comunicação com os munícipes. Se estes sistemas forem atacados, toda a operação pode ficar comprometida. A utilização de softwares de continuidade de negócios permite simular cenários de crise, definir prioridades e ativar respostas rápidas que reduzem o tempo de paragem e evitam danos maiores.

 
 

Mas este desafio não se limita ao sector público. Pequenas e médias empresas do comércio, da indústria ou do turismo enfrentam o mesmo risco. Muitas não dispõem de equipas internas de cibersegurança, o que as torna alvos preferenciais. Além disso, dependem cada vez mais da transformação digital para vender, comunicar e gerir processos, o que aumenta a exposição a vulnerabilidades. Um ataque informático pode traduzir-se em perda de faturação, quebra de confiança dos clientes e até sanções legais, sobretudo em casos que envolvem dados pessoais protegidos pela legislação europeia.

Softwares como aliados da resiliência organizacional

 

É por isso que a continuidade de negócios deve ser entendida como parte integrante da estratégia de gestão. Não se trata apenas de proteger sistemas informáticos, mas de garantir a resiliência de toda a organização. Os softwares de continuidade de negócios oferecem funcionalidades como planos automáticos de recuperação, comunicação em tempo real com equipas, monitorização de riscos e geração de relatórios de auditoria. Estes recursos são especialmente úteis para demonstrar conformidade com normas internacionais, como a ISO 22301, ou para responder a exigências de reguladores nacionais.

Mais do que cibersegurança: sustentabilidade operacional

 

Outro aspeto relevante é a interligação entre cibersegurança e sustentabilidade operacional. Em contextos de crise, como fenómenos climáticos extremos ou falhas de energia, a interrupção dos sistemas digitais pode ter efeitos multiplicadores. Empresas que investem em soluções de continuidade conseguem não apenas recuperar mais depressa, mas também reforçar a sua imagem de responsabilidade e confiança perante parceiros e clientes.

Portugal tem vindo a registar progressos neste campo, mas os desafios mantêm-se. Estudos recentes apontam os ataques digitais e as catástrofes naturais como os riscos mais temidos pelas empresas nacionais. Esta perceção deve ser encarada como um alerta: preparar planos de continuidade já não é opcional, é uma necessidade estratégica para qualquer entidade que dependa de sistemas digitais.

 

Em suma, a cibersegurança deixou de ser apenas um tema técnico para se tornar uma questão de sobrevivência organizacional. Empresas portuguesas e entidades locais que investem em softwares de continuidade de negócios colocam-se um passo à frente, assegurando que mesmo em situações de ataque conseguem proteger os seus dados, manter os serviços essenciais e preservar a confiança de quem delas depende. A resiliência digital é, hoje, uma das maiores garantias de competitividade e de futuro no mercado.

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