“E então o que fez Cabrita relativamente a este acidente?”
Os factos são o que são e só enganam quem gosta de ser enganado.
Os governantes socialistas perderam completamente a vergonha. Não têm princípios nem valores éticos, faltando-lhes idoneidade moral (para não falar noutras) e não há desculpas que lhes valha.
O caso do Ministro Cabrita atingiu o pleno da vergonha alheia. A vergonha que eu tenho por ter um governante desta estirpe, deveria ser comum a todos os portugueses com o mínimo de respeito pela vida humana. A mesma vergonha que se deve ter pelo facto do Primeiro Ministro de Portugal aguentar este mesmo ministro, por mais mortes que existam em Portugal às mãos do Estado, e que ainda por cima se remete a um silêncio sepulcral quando um carro do Estado, com um Ministro dentro, atropela fatalmente um português (independentemente da culpa) e não existe uma única palavra de pesar ou lamento e ainda por cima se caucionem comportamentos como os que vou falar hoje. O Primeiro Ministro torna-se assim cúmplice de muitos factos que de respeito pela vida humana têm zero.
O que se passou no caso do atropelamento mortal de um trabalhador é o espelho de uma sociedade podre, cujos governantes são o espelho de quem o suporta.
Nenhum País livre e verdadeiramente democrático, cujos valores assentes em princípios éticos e morais bem definidos, pode deixar passar em claro aquilo a que vamos assistindo diariamente relativamente a um Ministro cuja primeira função seria ajudar as pessoas, mas cuja única prioridade é apenas manter no poder, pelo poder, nem que para isso tenha de hipotecar tudo, nem que para isso tenha de se borrifar para uma vida.
É este o estado socialista que nos governa. E já se vê mesmo quem no fim será o culpado por todo um comportamento abjeto de um Ministro. Será o motorista, o funcionário da Brisa ou um GNR…
Tal como no caso das comunicações dos manifestantes anti-Putin, no fim quem se lixa, é mesmo sempre o mexilhão.
Em Lisboa, foi um coitado de um trabalhador que foi exonerado. A culpa, “obviamente”, não foi dos responsáveis políticos. Não são estes responsáveis por nada nos dias de hoje. E lá vai mais um homem honrado para a fogueira, para safar a manutenção no poder de Medina em Lisboa.
E no caso de Cabrita?
Cabrita já provou que é o símbolo da desonra. O símbolo máximo de quem não se importa de ser apanhado a mentir ao povo que o elegeu, com a cobertura do Primeiro Ministro.
Mas agora chegamos ao cúmulo desta desonra, elevada ao seu mais alto grau.
Um ser humano morreu atropelado pelo veículo onde seguia Cabrita e o seu motorista. Um homem que trabalhava na autoestrada e que foi vítima de atropelamento mortal.
De quem é a culpa? Para o que vou escrever não interessa, uma vez que já verificamos que, mais uma vez, a mentira para se safar da crítica política, vale muito mais que a vida de um homem.
Cabrita depois do carro onde seguia ter atropelado um homem, não se dignou sequer a sair do carro para verificar o que se passava. Sua Ex.ª não se dignou a avaliar a situação, nem sequer a verificar o que poderia fazer por alguém que acabava de ser abalroado pelo seu carro. Para que Cabrita saísse do carro, não é necessária avaliação de culpa. Era necessária humanidade. Cabrita, ao bom estilo socialista, importou-se mais consigo do que com o outro.
Sabendo que o homem faleceu, não se dignou a estar presente na missa ou no funeral ou sequer a enviar um seu representante. O respeito pela vida humana, os princípios éticos e morais de uma sociedade, obrigavam-no a deslocar-se ao local do funeral e apresentar as condolências a alguém que tinha falecido no exercício das suas funções, por atropelamento fatal de um carro onde seguia.
Não apresentou condolências públicas à família, nem sequer uma demonstração de pesar, perante a morte de um ser humano na qual foi interveniente.
Não deu uma única satisfação sobre como aconteceu o acidente, o que aconteceu ou sequer um único lamento, nem sequer explicou porque não saiu do carro, nem ele nem o motorista, obviamente por ordem sua.
E então o que fez Cabrita relativamente a este acidente?
Em primeiro de tudo refugia-se no segredo de justiça, ao mesmo tempo que faz sair comunicados abalroando factos que constituem eles mesmo o tal segredo de justiça de que fala.
Cabrita, inicialmente, mandou uma fonte da GNR disseminar a informação de que ele próprio não seguia no carro, o que desde logo foi desmentido.
Logo depois Cabrita ordenou que o seu Ministério comunicasse ao País que o local do acidente não estava delimitado ou sinalizado com obras pela Brisa, o que se veio a revelar falso, como comprovou a Brisa.
Cabrita ainda ordenou que se pusesse a circular que o trabalhador falecido tinha atravessado a estrada irresponsavelmente, sendo este o único e exclusivo responsável pelo atropelamento.
Cabrita também mandou comunicar que o carro não se desviou um milímetro da faixa de rodagem onde seguia e que a culpa foi do trabalhador.
O que Cabrita nunca fez, foi lamentar a morte de um ser humano nem mostrar desconforto pela perda de uma vida humana.
E aqui está a essência da questão.
Do ponto de vista ético e moral Eduardo Cabrita é tudo aquilo que não podemos ter num governante. Eduardo Cabrita, se fosse um homem com qualificações éticas e humanas, se fosse um homem com idoneidade moral, ainda que não tivesse tido culpa no acidente, não se conseguiria apresentar em serviço como o vimos durante estes dias.
O simples facto de se ter atropelado mortalmente um ser humano, levaria a que um homem normal não estivesse bem ao longo de uns dias. O simples respeito pelo falecimento de uma pessoa, levaria a que se tivesse algum tempo para recuperar psicologicamente.
Mas para o Ministro Cabrita, isso não interessa nada. O que interessou foi sacudir a água do capote ainda que múltiplas falsidades, como se começa a apurar. O que lhe interessa é continuar no poder, a fazer o que desgraçadamente tem feito aos portugueses, com a conivência de um primeiro ministro que arranja sempre maneira de se desviar ou recolher, quando os momentos são complicados (falta saber porque fez este isolamento. Se foi um Vírus ou um Cabrita).
Neste caso poderemos estar perante crimes de um Ministro. A começar pela omissão de auxílio. Cabrita não só não saiu do carro, como, rezam as crónicas, desapareceu do local de imediato.
A continuar pela ocultação de provas se se provar que se evitaram perícias ao veículo.
A verdade é que a única coisa que interessou a Cabrita e ao Governo (que é cúmplice) foi a de livrar as “costas” ao Ministro. Nada mais interessava. Apenas e só livrar a pele do Ministro. Não lhe interessou uma viúva, nem dois filhos, nem familiares e amigos destroçados, ainda que o “seu” carro não tivesse tido culpa. Porque este é que é o comportamento adequado a qualquer cidadão normal, quanto mais a um governante, cuja idoneidade moral para estar no cargo deveria estar acima de todas as outras.
E este simples facto demonstra muita coisa. Demonstra que estamos entregues a gente sem escrúpulos, sem qualquer tipo de ética ou moral. Sem idoneidade moral para governar um País.
E pior, demonstra que por este andar, qualquer dia destes algum outro funcionário, o motorista, um GNR ou funcionário da BRISA serão exonerados ou despedidos, para que a culpa não morra solteira, mas que acerte no mexilhão e permita a manutenção do poder das altas e impolutas esferas socialistas, o que naturalmente só acontece porque não há respeito pelo próximo e onde “queimar” mais um mexilhão é apenas uma questão procedimental…
Porque com esta gente, como diz o português, quem se lixa é mesmo o mexilhão…
E agora nem Seleção há para Marcelo comentar…
Vergonhoso!!! Para não me alongar mais…