França inicia presidência do Conselho da UE
França sucedeu hoje à Eslovénia na presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) com a ambição de uma Europa mais soberana e um modelo económico ambientalmente sustentável, mas o país vai também estar focado nas eleições presidenciais.
As ambições expressas pelo Presidente francês, Emmanuel Mácron, colidem neste momento com a evolução da pandemia de covid-19, já que o agravamento da situação epidemiológica devido à variante Ómicron está a ensombrar o horizonte de 2022, mas também com as eleições presidenciais francesas agendadas para abril, escreve a agência de notícias EFE.
Embora ainda não tenha confirmado a sua candidatura à presidência, Emmanuel Macron é apontado pelas sondagens como favorito à passagem à segunda volta e à reeleição.
No discurso de Ano Novo, o chefe de Estado francês reiterou o papel da Europa como instrumento de solidariedade e crescimento. Por outro lado, os outros candidatos confirmados à presidência estão a fazer campanha contra o ‘Macronismo’, que representa atualmente em França aqueles que defendem inequivocamente o multilateralismo e a aliança europeia, em oposição aos discursos identitários que dominam grande parte da campanha eleitoral.
A última vez em que França esteve ao leme do Conselho da União Europeia foi em 2008, sob o comando de Nicolas Sarkozy. Agora, caberá a Emmanuel Macron liderar os debates do Conselho, que reúne representantes dos 27 Estados-membros com cargos ministeriais e legislativos, com o objetivo de alcançar compromissos e aproximar posições.
Paralelamente, o Presidente francês terá oportunidade de organizar reuniões informais entre países, dando prioridade a certas questões, como a autonomia no fornecimento de produtos estratégicos; o encorajamento de um novo modelo de crescimento económico; a cooperação no interior das fronteiras europeias; o reforço da soberania externa; a reforma do espaço Schengen e a revisão do quadro orçamental dos acordos de Maastricht.