Prestação de contas de Vila Verde traduz grande investimento no bem-estar das pessoas
A Câmara de Vila Verde aprovou hoje o relatório de atividades e prestação de contas de 2021, que expressa “de forma inequívoca” a capacidade do executivo em conciliar “o rigor orçamental e a resposta eficaz a todas – e cada vez mais – competências do Município”. O documento foi aprovado com cinco votos a favor da maioria social-democrata e a abstenção dos dois vereadores da oposição.
Na reunião da Câmara, a presidente do executivo municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, congratulou-se com os resultados do relatório, sublinhando o reconhecimento de “uma efetiva sustentabilidade orçamental sem nunca descurar a satisfação dos interesses próprios das populações”.
Júlia Fernandes lembrou que, em ano de plena pandemia Covid-19, “o Município de Vila Verde não olhou a meios para mitigar os danos causados por esta doença na população, assim como no tecido empresarial e nas instituições sociais do concelho”, mas sem nunca descurar o investimento em setores estruturantes para o reforço da coesão do território.
A autarca sublinhou a concretização do “investimento público e a programação de novos investimentos, de forma a garantir o compromisso de garantir condições para uma cada vez melhor qualidade de vida a todos os Vilaverdenses”.
O nível de execução orçamental da receita ultrapassou os 44,5 milhões de euros, enquanto a despesa se cifrou em mais de 36 milhões de euros, demonstrando uma “elevada capacidade de concretização potenciadora do desenvolvimento local, apesar dos constrangimentos impostos por uma conjuntura pandémica inegavelmente desfavorável”.
Os princípios de equilíbrio orçamental foram ainda reiterados no balanço positivo de 7,85 milhões de euros entre a receita corrente (29.464.168 €) a despesa corrente (21.608.678 €). Esta poupança corrente permitiu financiar parte das despesas de capital, para além das amortizações de empréstimos de médio e longo prazo.
Além de cumprir na íntegra os limites do endividamento legalmente estabelecido, o Município mantém a tendência de redução da sua dívida global. O pagamento aos fornecedores em prazos reduzidos é um outro indicador da boa saúde financeira do Município, concorrendo, simultaneamente, para a catalisação da economia local.
Investimento nas funções sociais
Dos dados da prestação de contas, a presidente da Câmara de Vila Verde destacou a orientação estratégica do Município para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.
Nesse âmbito, anotou a atenção às funções sociais, que representam mais de metade das verbas de investimento (56%). Foram mais de 6,2 milhões de euros para ações ao nível do ordenamento do território, educação, saneamento, abastecimento de água, cultura, proteção do meio ambiente, desporto, recreio e lazer.
“O Município assume um esforço incessante de máxima atenção aos que mais precisam, pautando-se por uma forte dinâmica de interação e trabalho de parceria com os múltiplos agentes do desenvolvimento local, da área da saúde à ação social”, explicou Júlia Fernandes.
A presidente da autarquia sustentou que o objetivo é “garantir o apoio às famílias e, de um modo especial, às crianças, aos mais idosos e aos mais desprotegidos, como aconteceu com o relevante apoio prestado aos serviços de saúde e às populações mais fragilizadas para levar a bom porto o plano local de vacinação contra a Covid-19”.
“Graças à mobilização coletiva dos vários agentes do desenvolvimento local e ao inestimável trabalho realizado pelas Juntas de Freguesia em prol da resolução dos problemas das pessoas e do paulatino desenvolvimento das suas localidades, Vila Verde deu mais um salto qualitativo rumo à construção de um território coeso e inclusivo”, reconheceu Júlia Fernandes.
Desenvolvimento estratégico
Da política de investimentos municipais, Júlia Fernandes fez referência especial ao programa que se mantém em curso para requalificação e infraestruturação das vias municipais, assim como ao reforço da aposta na ampliação e modernização das redes públicas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais.
A mobilidade mais sustentável e a regeneração e requalificação de espaços e de edifícios públicos são outras das áreas de investimento estratégico do município, tendo em vista “a atratividade territorial e a captação de novos investimentos empresariais” que vão aportar o crescimento da produção de riqueza e “a criação de emprego fundamental para fixar os jovens nas suas freguesias de origem e promover o povoamento sustentado do território”.
A promoção da sustentabilidade ambiental é outro pilar do desenvolvimento reforçado, através do alargamento e elevação dos índices de eficiência das redes públicas de abastecimento de água e de tratamento de efluentes domésticos e industriais. Esta vertente, associada às iniciativas e ações em torno da proteção da floresta e da manutenção das zonas de lazer e das praias fluviais, “acrescentou atratividade ao território, proporcionou melhores condições de vida dos Vilaverdenses e concorreu sobremaneira para a preservação da biodiversidade”.
A promoção do desenvolvimento local passou ainda pela atenção à necessária proteção, promoção e valorização do rico património cultural, material e imaterial, ainda que a realização de iniciativas e eventos, por força da pandemia, se tenham restringido a iniciativas redimensionadas e fortemente condicionadas.
De facto, extremamente condicionados pela pandemia e a necessitar de uma atenção especial, as entidades associativas que promovem o apoio social às famílias e às pessoas mais vulneráveis, bem como à promoção da prática do desporto e do lazer, beneficiaram de apoios significativos tendentes a reforçar a sua capacidade de resiliência e de atuação, enquanto fatores de promoção do bem-estar e da qualidade de vida das populações.